Boa tarde, bem vindos à nossa nova edição!
O coração do mercado financeiro palpitou durante essa última quinzena. Enquanto startups enfrentam ventos contrários e investidores se mostram cautelosos, algumas empresas aproveitam a maré para navegar rumo à expansão.
Nessa quinzena, o HS Group tomou a vanguarda e adquiriu a Servman Manutenção Industrial em uma transação e plano de investimento de BRLm 40. Concluída em cerca de seis meses, a aquisição reflete o aquecimento da indústria brasileira e o apetite por M&A do setor. Agora, o HS Group amplia sua presença no mercado industrial e planeja investimentos significativos nos próximos dois anos, abrindo portas para novos negócios e parcerias estratégicas.
Enquanto isso, no setor de energia, a AES e Auren avançam em sua fusão, prestes a criar a terceira maior geradora de energia do Brasil. Raízen também se movimentou estrategicamente, nomeando um novo CEO, trazendo experiência operacional para fortalecer a eficiência e impulsionar o crescimento da gigante de bioenergia.
Em outro desenvolvimento significativo, a Azul deu um passo crucial em sua recuperação judicial ao assegurar um acordo para levantar USDm 500 em nova dívida sênior, proporcionando um alívio financeiro significativo e melhorando o fluxo de caixa nos próximos 18 meses.
Paralelamente, mesmo com a queda nos aportes em startups no 3T24, setores como fintech continuam a brilhar. A Neon captou USDm 36,3 em uma rodada Série E, reforçando o interesse por soluções financeiras inovadoras. No agronegócio, a Agrolend atraiu BRLm 300 em investimentos, mostrando que a união entre tecnologia e campo mantém seu vigor.
Nesta edição, mergulhamos nessas e outras histórias que estão moldando o cenário econômico, explorando as oportunidades que emergem mesmo em tempos desafiadores.
Boa leitura!
Deal Tracker
Startups passam por um trimestre difícil e volume de aportes despenca
A 3T24 acabou, e com ela vieram insights que mostram uma possível mudança de paradigma para o cenário de equity em startups. De acordo com o relatório elaborado pela Sling Hub e Itaú BBA, houve uma diminuição acentuada no volume de investimentos e uma mudança no perfil dos investidores, que estão mais cautelosos e seletivos, priorizando setores resilientes e startups em estágios mais avançados.
O volume total de equity funding na América Latina caiu 36% em comparação a 2T24 e 43% quando comparado com o mesmo período do ano anterior, Os dados são semelhantes quando olhamos apenas para o Brasil, com uma queda tanto em QoQ (-31%), quanto em YoY (-54%).
Esse é um cenário que pode ser interpretado como um espelho da economia global, sobretudo quando olhamos para a quantidade de rodadas do período. Em LatAm, a queda foi de 31% em comparação com a 2T24. No Brasil, a queda é de 31%.
Na América Latina, a redução no volume de investimentos supera a diminuição no número de rodadas, indicando que o investimento médio por rodada diminuiu. Isso sugere que os investidores estão aportando menos capital em cada negociação. Já no caso do Brasil, a queda proporcional entre volume e número de rodadas indica que o investimento médio por rodada permaneceu estável.
Adicionalmente, ao analisar a distribuição das rodadas, observamos que no Brasil ocorreram apenas 5 rodadas, uma diminuição de 50% YoY.
Na América Latina, foram registradas 9 rodadas, representando uma queda de 31% YoY. Esses números reforçam a tendência de contração no mercado de investimentos em startups, indicando que não apenas o volume total está menor, mas também a quantidade de transações, o que evidencia uma postura ainda mais cautelosa dos investidores e pode dificultar o acesso a capital para startups em early stage.
O que está acontecendo com as early stages?
Observou-se uma diminuição no montante total alocado para startups em estágios iniciais, como pré-seed e seed. Podemos interpretar esse dado como aversão ao risco, com investidores cautelosos e que tendem a escolher empresas que já demonstraram tração e potencial de escala
Ainda assim, startups como Splight (deep tech), Tivita (fintech) e Zapping TV (media) conseguiram captar rodadas seed significativas, variando entre USDm 5,5 e USDm 12. O exemplo retornou na última quinzena, quando a Akua levantou USDm 4,3 em pré-seed.
Fica então o desafio de identificar oportunidades de negócios que ofereçam, ao mesmo tempo, potencial e riscos moderados.
Fintech encabeça ranking de setores com mais aportes
As maiores rodadas de financiamento na 3T24 foram direcionadas à Fintechs (com predominância do México), Energia (com Brasil na frente), Autotechs e Foodtechs.
No setor de fintechs, empresas como Neon e Cobre obtiveram investimentos substanciais, sinalizando que o interesse por soluções financeiras permanece forte. No caso da Neon, seu maior aporte foi de USDm 36,3 em uma rodada Série E.
As Fintechs já haviam conquistado o pódio em outros quarters, e aparentemente essa tendência vai continuar. Apenas na última quinzena, foram mapeados 3 aportes em startups do setor. Entre as transações está a CredAluga, que recebeu BRLm 22.
Já no setor de energia, a Q324 destacou a Solfácil e Órigo Energia, que atraiu recursos que incluem rodadas mistas de dívida e equity. O pódio vai para Solfácil, que captou uma rodada Série B de USDm 55.
Mas e agora? Quais são as alternativas de captação?
A retração em investimentos também impactou o CVC, com uma queda anual de 45% e estabilidade em relação ao trimestre anterior. Mas se parece que o cenário está intrinsecamente desfavorável para captações, é porque não estamos explorando opções.
Rodadas não-equity, como dívidas e fundos recebíveis, ganharam destaque. As mais expressivas incluíram um fundo de recebíveis de USDm 134 e rodadas de dívida totalizando USDm 107.
Contrariando a tendência de retração nos investimentos, as operações de M&A na América Latina e no Brasil apresentaram crescimento no terceiro trimestre. Houve um aumento de 30% em relação ao ano anterior na região e 47% no Brasil. Setores como retailtech, que teve um crescimento de 400% no número de aquisições, deep tech com alta de 167% e healthtech com aumento de 300%, lideraram esse movimento.
Vamos explorar opções?
Deu o que falar…
O “Deu o que falar” desta quinzena destaca a semana agitada para a Hypera. Tudo começou quando, em 21 de outubro, a EMS fez uma proposta de fusão com a empresa — causando alvoroço no mercado.
Avaliada em BRL 3,8 bi, a oferta prometia criar uma gigante farmacêutica, mas foi prontamente recusada pela Hypera. Em resposta, o conselho da empresa justificou que a oferta não refletia seu valor e que as diferenças culturais e de portfólio com a EMS eram significativas. No fim, mesmo com potencial de sinergias, a Hypera reafirmou o que define como “foco estratégico e independente, que mantém a confiança dos acionistas em seu plano de longo prazo”.
Mas não foi só isso que deu o que falar na última quinzena:
- Fontes próximas à Azzas 2154 afirmaram que desafios culturais complicam a fusão entre Arezzo&Co e Grupo Soma, oito meses após o anúncio. As lideranças estão enfrentando divergências sobre a gestão conjunta e a necessidade de cortar marcas no portfólio. Fontes apontam que a resistência de ambos a ceder o controle em áreas estratégicas dificulta a integração plena, elevando as preocupações do mercado sobre o impacto dessas diferenças no sucesso da fusão.
- Já a Aneel entrou com uma ação judicial para contestar a venda da Amazonas Energia para a Âmbar. A Agência questiona a validade das assinaturas dos executivos no acordo de transferência, argumentando que elas foram realizadas após o prazo da Medida Provisória. A Âmbar Energia, dos irmãos Batista, assinou às 23h59 do dia 10 de outubro o termo aditivo que permite a compra do controle da Amazonas Energia. A assinatura ocorreu um minuto antes da MP 1.232/2024, que permite troca de controle da concessionária, expirar, à meia-noite. O pedido da Aneel argumenta que apenas o diretor-geral da agência assinou o termo aditivo, e que os representantes da Amazonas, Futura Venture Capital e do FII Milão (da Âmbar Energia) assinaram o documento apenas no dia 11/10, quando a MP já havia expirado.
- A CVM acusou o ex-CEO da Americanas, Miguel Gutierrez, e sete ex-executivos da empresa, de insider trading. Segundo a entidade, há evidências robustas de que esses executivos teriam utilizado informações privilegiadas para vender ações antes da revelação do escândalo contábil de BRL 25 bi, revelado em janeiro de 2023, visando minimizar perdas antes que o impacto das irregularidades se tornasse público. De acordo com o Ministério Público, as vendas ocorreram quando os executivos anteciparam a demissão de Gutierrez, meses antes de a fraude vir à tona.
- As mineradoras Vale e BHP estão próximas de firmar um acordo de indenização histórico, estimado em BRL 170 bi, pelo rompimento da barragem do Fundão em Mariana, ocorrido em 2015. O valor abrange BRL 100 bi em indenizações aos governos federal, estaduais (de MG e ES) e aos municípios afetados, que serão pagos ao longo de 20 anos. O acordo também considera os BRL 38 bi já investidos em medidas de compensação e outros BRL 32 bi destinados a obrigações ambientais e de reassentamento.
Novos fundos e captações
Market Trends
Investimentos entre startups e corps pode ficar mais difícil
O Cade introduziu uma nova exigência que pode impactar o mercado de venture capital brasileiro. Em uma recente decisão sobre o caso Digesto e Jusbrasil, o Cade esclareceu os critérios que caracterizam controle acionário de uma investida por fundos, exigindo que mais operações passem por aprovação prévia. Esses critérios consideram que, mesmo com participação minoritária, fundos que influenciam decisões estratégicas, como aprovação de orçamentos ou contratações de dívidas, podem ser vistos como controladores.
Para o setor de venture capital, essa nova interpretação pode representar um entrave, uma vez que o fechamento rápido de rodadas de investimento é essencial para startups em expansão. A necessidade de aprovações pelo Cade, agora em casos de menor participação acionária, pode aumentar a burocracia e os custos regulatórios, complicando o fluxo ágil de capital.
Apesar dos desafios, o Cade sugeriu a possibilidade de revisar a Resolução 33/2022 ou criar um guia que traga mais clareza para o setor. A decisão abre uma janela para que o ecossistema de venture capital dialogue com o Cade, buscando reduzir a burocracia e manter o ambiente favorável ao crescimento e à inovação.
Fonte: Estadão
Recuperações judiciais crescem no Brasil.
Nessa quinzena, o aumento nos pedidos de recuperação judicial foi destaque: o Brasil registrou 1.014 solicitações entre janeiro e junho de 2024, um crescimento de 71% em relação ao ano passado. Esses números representam o maior índice semestral desde 2005, segundo a Serasa Experian. As pequenas e médias empresas lideraram as requisições, especialmente no setor de serviços, impactadas pelas incertezas econômicas e altos índices de inadimplência.
De acordo com o economista Luiz Rabi, o crescimento nos pedidos reflete os desafios enfrentados pelas empresas, que estão recorrendo cada vez mais aos dispositivos legais para reorganizar suas finanças. Ele ainda ressalta que, se a tendência de inadimplência se mantiver, a demanda por recuperações judiciais deverá seguir elevada.
No mesmo período, os pedidos de falência registraram uma queda de 17,9%, com micro e pequenas empresas à frente das solicitações. Enquanto isso, a Serasa Experian reforça seu apoio aos empresários com ferramentas de recuperação de dívidas, ajudando empresas a enfrentarem a inadimplência de forma mais eficaz.
Fonte:Serasa Experian
As Bets vão causar uma tsunami de M&A?
O setor de apostas esportivas no Brasil promete dar trabalho para o Cade. Após a recente aprovação da primeira operação de aquisição de uma empresa de bets, o especialista Ednei Nascimento prevê uma série de novas fusões à medida que o governo impõe regras mais rigorosas ao setor. Segundo ele, o mercado pulverizado tende a impulsionar a união de empresas, especialmente aquelas que ficam sem autorização para operar.
As notícias da quinzena já reforçam essa perspectiva. No dia 11 de outubro, o Cade aprovou a fusão entre a Betfair Brasil e a NSX Enterprise. Essa transação aprovada, ainda mais pelas suas características cross-border, exemplifica o caminho que muitas dessas empresas deverão seguir para consolidar suas operações.
Fonte: Estadão
Alta produção e pressão nos preços são os próximos desafios da soja no Brasil.
O mercado de soja no Brasil enfrenta desafios em meio a uma safra com previsão recorde de 166 milhões de toneladas, conforme projeções da Conab. No entanto, atrasos no plantio, especialmente no Centro-Oeste, pressionam o calendário e ameaçam o cultivo da segunda safra de milho, tornando a rentabilidade mais difícil para os produtores.
Ao mesmo tempo, o adiamento das normas ambientais da União Europeia favorece as exportações brasileiras, possibilitando acesso mais competitivo ao mercado europeu. No entanto, com a oferta global de soja excedendo a demanda, os preços caem, e o risco de crédito aumenta, colocando produtores em alerta sobre a necessidade de estratégias de hedge e vendas antecipadas para garantir sustentabilidade financeira.
Para os produtores, agora é o momento de uma gestão de riscos cada vez mais precisa para equilibrar as oportunidades de exportação com os desafios locais e a pressão de preços baixos. Vai encarar?
Oportunidades ou desafios? O paradoxo da celulose brasileira.
O setor de celulose brasileiro está, de fato, entre oportunidades e desafios, em um cenário global que desafia e, ao mesmo tempo, estimula o crescimento. Após uma queda expressiva de 25% nos preços da celulose de fibra curta nos últimos meses, os analistas da XP Investimentos veem sinais de estabilização, uma perspectiva que pode favorecer as ações de grandes empresas do setor, como Suzano, Klabin e Irani — players que, com suas estratégias de longo prazo e ambições de expansão, mantêm o Brasil competitivo em um mercado onde a pressão por custos e os desafios logísticos continuam altos.
No caso da Suzano, o recém-lançado Projeto Cerrado é um marco significativo. Com investimento de BRL 22,2 bi, o empreendimento em Mato Grosso do Sul adicionou 2,55 milhões de toneladas de celulose de eucalipto à produção anual, fortalecendo ainda mais a liderança da Suzano no mercado global.
Além disso, a Suzano ampliou sua base de operações florestais com a compra de 70 mil hectares de terras e florestas — um movimento estratégico que reflete a preocupação da empresa com a autossuficiência de matéria-prima em um mercado onde a competição por recursos é cada vez mais acirrada.
Esse fortalecimento de sua base também reflete o desafio das normas ambientais: a demanda internacional por produtos sustentáveis pressiona empresas brasileiras a se alinharem aos rigorosos critérios globais, enquanto dentro do país há movimentos contrários, como a nova lei em Mato Grosso, que retira incentivos de empresas aderentes à Moratória da Soja, questionando compromissos anti desmatamento.
Esse otimismo se estende a outras empresas como Klabin, que investe em sua plataforma de embalagens para capturar a demanda crescente, e Irani, que foca no papelão ondulado, setor com forte potencial de valorização no mercado doméstico.
Com o aumento da produção chinesa de celulose ainda limitado pela escassez de matérias-primas, as empresas brasileiras estão bem posicionadas para atender ao incremento da demanda futura, com investimentos estruturais que reforçam sua capacidade produtiva e a sustentabilidade de seus negócios. Os preços vão ajudar? O futuro nos dirá.
Outras trends
- A AIE projeta que o uso global de eletricidade crescerá seis vezes mais rápido que a demanda de energia nos próximos 10 anos, impulsionado pela China, enquanto o fornecimento de GNL e petróleo deve aumentar, criando um buyers market com pressão de queda nos preços energéticos.
- O FMI prevê que a dívida global chegará a quase 100% do PIB até 2030, com países como EUA e Brasil sob pressão para ajustes fiscais maiores. Nos EUA, a instituição prevê que a dívida alcance o patamar dos USD 50 tri em 2035, o que representaria 122% do PIB da potência. Enquanto isso, a dívida brasileira já soma BRL 8,5 tri (80% do PIB), exigindo cortes de gastos e aumento de receitas para sustentar o equilíbrio fiscal.
- O Itaú BBA projeta um crescimento de BRL 20 bi no setor agro até 2025, impulsionado pelo aumento na produção de biocombustíveis. A instituição financeira destaca a importância das energias renováveis para o futuro do agronegócio, enfatizando que esse segmento deve se expandir significativamente, atraindo novos investimentos. O foco em biocombustíveis é visto como uma estratégia vital para atender à demanda crescente por soluções sustentáveis.
- Tocantins está se destacando como um potencial novo polo para a cultura do cacau no Brasil, graças ao clima favorável e ao solo adequado. Especialistas acreditam que a introdução do cacau na região pode diversificar a produção agrícola e contribuir para o desenvolvimento econômico local. O projeto visa atender à crescente demanda por cacau de qualidade e impulsionar a sustentabilidade na agricultura.
- A indústria de saúde animal está se reinventando e registrando crescimento em 2024, mesmo sem a vacina contra a aftosa. O cenário desafiador impulsionou inovações e adaptações no setor, com foco em novas tecnologias e métodos de manejo. As empresas estão explorando alternativas para atender à demanda do mercado e melhorar a saúde dos rebanhos.
- O mercado fitness está em expansão, impulsionado por mudanças de hábitos e a inclusão de pessoas com mais de 60 anos. Este segmento está se diversificando para atender a um público mais amplo, com ênfase em saúde e bem-estar. As empresas estão adaptando suas ofertas para melhor atender a essa faixa etária, promovendo exercícios e atividades que atendem às suas necessidades específicas.
- O Bank of America defende que as fusões no setor de educação no Brasil são essenciais para promover a consolidação e a eficiência. A instituição argumenta que as fusões podem criar economias de escala e fortalecer a competitividade das empresas em um ambiente desafiador. Essa estratégia é vista como uma maneira eficaz de adaptação às mudanças no mercado educacional.
- Um estudo recente aponta que o setor supermercadista apresenta oportunidades significativas para fusões e aquisições. As mudanças no comportamento do consumidor e a digitalização estão impulsionando a consolidação do mercado, levando empresas a buscarem parcerias estratégicas. A busca por eficiência e inovação se torna essencial para atender à demanda crescente e à concorrência intensa.
- O diretor do Banco Central defendeu a implementação de um choque fiscal como estratégia para melhorar as expectativas econômicas. Ele argumenta que a adoção de medidas fiscais mais rigorosas pode ajudar a estabilizar a inflação e fortalecer a confiança no mercado. O objetivo é criar um ambiente mais favorável para o crescimento econômico a longo prazo, essencial para restaurar a credibilidade das políticas públicas.
Movimentações executivas
Indústria
- Paulo Kruglensky, que liderava a integração entre Arezzo e Grupo Soma na Azzas 2154, de fato deixou a empresa em agosto de 2024, confirmando a informação previamente divulgada pelo NeoFeed. Apesar de tentativas anteriores de negar sua saída, fontes apontam que desentendimentos com Alexandre Birman contribuíram para sua decisão. Essa mudança levanta preocupações sobre as diferenças culturais e de gestão que podem impactar o processo de fusão entre as empresas.
- Ariel Grunkraut, ex-CEO da Zamp, foi nomeado CEO da Kraft Heinz Brasil e assume o cargo em 4 de novembro de 2024. Ele substitui Fernando Rosa, que saiu em agosto para liderar a Havaianas. Grunkraut, um dos fundadores do Burger King no Brasil, traz o desafio de acelerar o crescimento da Kraft Heinz, que passa por reestruturação. A empresa também anunciou mudanças no marketing e busca um novo vice-presidente comercial .
- Roberto Paschoal deixou a ING para liderar M&A na Energo-Pro
- A Cosan aprovou mudanças em sua liderança, com Marcelo Martins assumindo o cargo de CEO. A decisão reflete um reposicionamento estratégico dentro da empresa, buscando fortalecer sua atuação nos setores de energia e logística. A transição de liderança é vista como uma oportunidade para impulsionar novos projetos e ampliar a eficiência operacional da companhia.
- Susana Martins Carvalho assume os negócios da Bioceres
- O executivo Nelson Gomes agora assume o comando da Raízen, trazendo sua experiência operacional para fortalecer a eficiência e impulsionar o crescimento da gigante de bioenergia. A transição marca um novo capítulo estratégico, com foco em consolidar a liderança no setor de biocombustíveis.
- A Infracommerce anunciou a chegada de Bruno de Andrade como novo CFO da companhia. Ele estava na You.Inc desde 2021 e deve começar na nova empreitada a partir de novembro.
- A Nuvemshop, plataforma de e-commerce líder na América Latina, anunciou Letícia Vaz como nova sócia e head de Inovação em Moda. Fundadora da LV Store, Letícia se junta à Nuvemshop para desenvolver estratégias no setor de moda e promover o empreendedorismo. Ela também liderará iniciativas de marketing e campanhas nas redes sociais. A nova posição visa fortalecer a atuação da Nuvemshop no segmento de moda, que representa 37% de seus clientes.
- Renato Martins assume o cargo de CEO da Segware, em uma movimentação estratégica após a aquisição da empresa pela Crescera Capital. Martins, há 14 anos na Segware, atuava no setor de parcerias.
- Breno Tozzi deixou a G5 Partners para assumir como analista de Investment Banking na Jefferies
Investment and Banking
- Depois de um hiato após sua atuação como Associate no ItaúBBA, Gabriel Wallach assume como Vice-Presidente de Investment Banking na XP.
- O Bradesco BBI promoveu uma reformulação em sua equipe, com Felipe Thut assumindo a direção da área de renda fixa e produtos estruturados. André Moor, com mais de 13 anos de casa, agora lidera os segmentos de ECM e M&A. Thut se reportará ao vice-presidente Bruno Boetger e focará em soluções de financiamento. Essa mudança reflete o crescente espaço da renda fixa no banco, especialmente em um ano de alta no volume de emissões, com BRL 541,9 bi captados no mercado de capitais até setembro.
- A Sequoia anunciou a contratação de Alexandre Rodrigues como novo CEO, sucedendo Armando Marchesan Neto, que se tornará membro do conselho. Rodrigues, ex-Ambev e Unidas, inicia sua gestão após a empresa ter passado por uma recuperação extrajudicial, buscando otimizar operações e governança. A Sequoia pretende focar em serviços de transporte expresso e de alto valor agregado, adotando um modelo “asset light” para reduzir custos fixos. A integração com a Move3 e a utilização de tecnologia avançada serão prioridades.
- Bruno Barino, novo líder da BlackRock no Brasil, foi encarregado de expandir a gestão da empresa, que possui mais de USD 10,5 tri globalmente. Nos próximos seis meses, ele avaliará alternativas para crescimento, seja por meio de aquisições ou expansão orgânica. Com uma sólida experiência em consolidações, Barino deve explorar oportunidades no mercado brasileiro.
- O Citi trouxe um ex-analista sênior do Bradesco BBI para liderar sua cobertura do setor financeiro, sinalizando uma estratégia de fortalecer a análise e a pesquisa dentro da equipe. Essa movimentação reflete um compromisso em melhorar a qualidade das informações oferecidas aos clientes e pode indicar uma intenção de se destacar em um mercado competitivo. A chegada desse executivo pode trazer novas perspectivas e abordagens para as operações do Citi na área financeira.
- O BTG Pactual contratou Luiz Carvalho, até então head de research de ações no UBS BB, para fortalecer seu time de análise no setor de petróleo e gás para a América Latina, conforme fontes da Bloomberg. Carvalho, com experiência prévia no HSBC e também no BTG, atuava no UBS BB desde 2016, onde liderava a cobertura de pesquisa de ações na América Latina e o setor de óleo e gás. A mudança reflete a estratégia do BTG em expandir suas capacidades de pesquisa especializada na região.
Agronegócio
Intenções e Estratégias
- A nova lei aprovada em Mato Grosso para acabar com incentivos fiscais para empresas que participam da “moratória da soja” poderá causar perdas de BRL 1,5 bi à indústria de soja, segundo a Abiove. A lei, apoiada pela Aprosoja-MT, visa aumentar a competitividade da produção local, mas gera preocupação sobre a reputação do Brasil no mercado internacional de soja, que depende da produção sustentável.
- O CEO da AgroGalaxy, Eron Martins, detalhou os planos de reestruturação da empresa pós-recuperação judicial. A estratégia inclui fechar metade das lojas, reduzir 40% da força de trabalho e focar em produtos de maior valor agregado e clientes com menor risco de crédito. A reorganização também elimina operações em Mato Grosso do Sul e consolida as vice-presidências regionais.
- Marcos Molina, da Marfrig, e Miguel Dularte, CEO, finalmente conseguiram dar um jeito na BRF. A empresa está estabilizada após reverter sete trimestres de prejuízos e retornar ao lucro no final do ano passado. Esse avanço foi impulsionado por um corte estratégico em linhas de produtos de baixo desempenho, aumento de produtividade nas fábricas e expansão de exportações, especialmente no mercado halal, onde a marca Sadia ganhou relevância. A empresa também implementou um rigoroso plano de eficiência, elevando o valor das ações, que agora têm um dos melhores desempenhos do Ibovespa. Com o ciclo positivo no mercado global de frango, a empresa planeja reiniciar o pagamento de dividendos em novembro e busca novos mercados de crescimento, como Brasil, Oriente Médio e Arábia Saudita.
- Renato Ramalho, CEO da KPTL, busca se distanciar de clichês do venture capital ao focar em tecnologia agrícola. Ele discute saídas estratégicas planejadas para o fundo Agro, propondo práticas de investimento mais adaptadas e inovadoras. Ramalho destaca a necessidade de soluções sustentáveis e alinhamento com a dinâmica do mercado agrícola, refletindo uma mudança em direção a abordagens mais personalizadas no setor.
- A Cooperativa Lar possui BRLm 600 em caixa para investimentos em 2025 e está considerando aumentar esse valor com novos financiamentos. A cooperativa está focada em expandir sua atuação, especialmente em setores estratégicos. A intenção é fortalecer suas operações e aumentar sua competitividade no mercado agropecuário.
M&A
- A Minerva concluiu a compra de 13 unidades industriais e um centro de distribuição da Marfrig por BRL 5,68 bi. A transação amplia a presença da Minerva na América do Sul, com unidades no Brasil, Argentina e Chile, e eleva sua capacidade de processamento para 41.789 bovinos e 25.716 ovinos diários. Após um pagamento inicial de BRL 1,5 bi em 2023, o fechamento garante à Minerva a liderança na exportação de carne bovina na região.
- A BrasilAgro anunciou a venda de uma fazenda no Mato Grosso por BRLm 189,4. A propriedade inclui uma área de cultivo e infraestrutura para agricultura, e a transação reflete a estratégia da empresa de otimizar seu portfólio de terras. A venda visa consolidar o posicionamento da BrasilAgro como uma das principais empresas de investimentos agrícolas no país.
Consumo
Intenções e Estratégias
- O Grupo Madero está planejando retomar a expansão em 2025, testando um modelo híbrido que combina suas marcas Madero e Jeronimo em 80 de suas 274 unidades. A primeira unidade híbrida, na Oscar Freire, aumentou o faturamento em 63%. O CEO Junior Durski anunciou parcerias para ampliar o cardápio, mas enfrenta desafios com a alta nos preços da carne. A dívida líquida caiu 28,7%, e a empresa está se preparando para uma possível listagem na bolsa quando as condições do mercado melhorarem.
- A Jequiti está reestruturando seu modelo de negócios e firmou parcerias com o varejo após o fracasso de vendas diretas. A mudança visa diversificar canais de distribuição e ampliar o alcance dos produtos, buscando revitalizar a marca e aumentar as vendas. A empresa também pretende melhorar sua presença online e em pontos de venda físicos.
- A Peccin, fabricante do chocolate Trento, está em busca de um sócio estratégico para impulsionar seu crescimento. A empresa, com forte presença no mercado de doces e chocolates, busca fortalecer sua posição competitiva e explorar novas oportunidades de expansão. A parceria pode trazer investimentos e expertise para ampliar a atuação da marca.
- A Natura estreou sua loja no Mercado Livre, diversificando seus canais de venda além das consultoras. Segundo o Itaú BBA, essa é uma estratégia “ganha-ganha”. Para a Natura, o novo canal reduz custos de logística e inadimplência. Já para o Mercado Livre, a parceria fortalece a categoria de beleza, que já representa 7% do volume bruto de mercadorias no Brasil. A Natura é avaliada em BRL 21,3 bi e o Mercado Livre em USD 103,2 bi
- O Assaí revisou suas metas de expansão para 2025, com planos de abrir 10 lojas em vez de 20, visando reduzir sua alavancagem financeira e o impacto dos altos juros na dívida líquida. A rede de atacarejo, que encerrou o segundo trimestre de 2024 com uma alavancagem de 3,65 vezes sobre o Ebitda, busca atingir 2,6 vezes até o final de 2025, apoiada na contenção de investimentos e no crescimento do Ebitda.
- O Carrefour está em negociações para vender suas redes de supermercados Nacional e Bompreço, que juntas somam 65 lojas. A venda é parte da estratégia da companhia para reestruturar suas operações no Brasil, focando em áreas mais rentáveis e eficientes. A transação está sendo analisada por potenciais compradores interessados em expandir sua presença no mercado varejista.
- A JBS está considerando a aquisição do negócio de embutidos da Kraft Heinz, segundo informações da Reuters. A negociação se alinha com a estratégia da JBS de expandir sua presença no setor de produtos processados. O interesse pela unidade de embutidos pode impulsionar o crescimento da empresa, diversificando seu portfólio.
- O Grupo Casino iniciou o processo para adquirir as ações restantes da Cnova, sua subsidiária de e-commerce. Essa movimentação visa consolidar ainda mais a presença do grupo no mercado digital brasileiro, com o objetivo de fortalecer suas operações e expandir sua participação em um setor em crescimento. A operação reflete a estratégia do Casino de investir em comércio eletrônico e inovação.
M&A
- A Multiplan considera a venda de participações em ativos caso surjam oportunidades favoráveis. A empresa está avaliando sua estratégia de investimento, buscando maximizar o retorno e otimizar seu portfólio. A movimentação reflete uma abordagem proativa diante das condições de mercado e pode fortalecer sua posição financeira.
- A Multiplan, maior empresa de shoppings do Brasil por valor de mercado, priorizará a recompra de BRL 2 bi em ações do Ontario Teachers Pension Plan, deixando de disputar participações no Pátio Higienópolis e Pátio Paulista. Após registrar um lucro recorde no terceiro trimestre de BRLm 279,6, a empresa manterá foco em expansões, como no Shopping Morumbi. A expectativa é aumentar a receita de aluguel, apoiada pela alta ocupação e sólida geração de caixa. Expansões em shoppings como o DiamondMall e o ParkShoppingBarigüi estão previstas para novembro.
- A Cantustore, após captar BRLm 650, adquiriu a empresa controladora da GP Pneus, expandindo sua atuação no setor de pneus e consolidando sua presença no mercado automotivo. Essa transação reflete o movimento estratégico da Cantustore de fortalecer seu portfólio com empresas estabelecidas, aproveitando a captação recente para acelerar sua expansão e capacidade de oferta.
- A rede Supermercados BH adquiriu recentemente a operação de lojas da Top Mais no Espírito Santo, expandindo sua presença para além de Minas Gerais. A compra fortalece a posição da rede, que já é uma das principais no segmento de varejo alimentar no Brasil. Com a incorporação, o Supermercados BH adiciona 18 novas lojas ao portfólio, ampliando a capacidade de atendimento e fortalecendo sua atuação regional.
- A ATW, dona da marca N1 Chicken, anunciou a aquisição da rede Zé Coxinha para fortalecer sua capacidade de produção. A compra faz parte da estratégia de expansão da ATW no setor de fast food, ampliando sua atuação e aumentando a produção em um mercado competitivo de alimentação rápida e acessível.
- A Multiplan está realizando a recompra de ações do Ontario Teacher Pension Fund, o que deverá elevar o retorno dos investidores em cerca de 22%. Esta ação é parte de um programa mais amplo que visa aumentar a rentabilidade e otimizar a estrutura de capital da empresa, além de fortalecer sua posição no mercado.
Energia
Intenções e Estratégias
- A Cemig, uma das maiores empresas de energia do Brasil, investiu significativamente na aquisição de 30 empresas de geração distribuída de energia, estratégia que começou em 2022. Essas aquisições reforçam a presença da empresa no setor de energias renováveis e descentralizadas, alinhando-se à sua visão de modernizar e diversificar o portfólio. Agora, para acompanhar o bom histórico, a empresa planeja novas aquisições, o que destaca seu compromisso com a inovação e com as metas de expansão sustentável, ao atender tanto a clientes residenciais quanto empresariais em diversos estados.
- A BP Bioenergia, agora sem a parceria com a Bunge, planeja novos investimentos no Brasil com foco em uma expansão sustentável e energia limpa. A empresa vislumbra o futuro do setor bioenergético como uma oportunidade para aumentar sua presença e contribuir para a transição energética, fortalecendo a produção e inovação em biocombustíveis no país.
M&A
- A incorporação da AES Brasil pela Auren deve ser concluída até 31 de outubro. A AES será incorporada pela ARN Holding Energia, que, por sua vez, será incorporada pela Auren. Os acionistas da AES terão três opções de troca de ações, com um prazo para escolha de 16 a 29 de outubro. A fusão, já aprovada pela Aneel, criará a terceira maior geradora de energia do Brasil, com 8,8 GW de capacidade instalada e uma economia estimada de R$ 1,2 bilhão em sinergias.
- A Usiminas adquiriu participação em usinas solares do complexo Jaíba, em Minas Gerais, da Jaíba Holding, vinculada à Canadian Solar. A aquisição, aprovada pelo CADE, visa autogeração elétrica, com as usinas totalizando uma capacidade de 120 MW. Essa expansão eleva a capacidade instalada da Usiminas de 612 MW para 732 MW. A empresa já opera termelétricas em Ipatinga, sem comercialização de energia, enquanto a Canadian Solar atua globalmente em fabricação de módulos fotovoltaicos e operação de projetos solares.
- A CMAA concluiu a venda de sua participação em uma empresa de energia solar para um grupo de investidores estratégicos, em movimento alinhado ao foco de expansão de suas operações principais. Este ajuste permite à CMAA concentrar-se em seu core business no setor sucroenergético, enquanto o grupo comprador se posiciona estrategicamente no mercado de renováveis. Detalhes financeiros da transação não foram divulgados, mas o acordo reflete a tendência de investimentos no setor de energia limpa.
- A MH Tech Engenharia, uma empresa de Blumenau fundada há apenas oito meses, anunciou a aquisição de 100% da Plantae Soluções, uma concorrente de Joinville no setor de energia solar. Essa aquisição impulsiona a expansão da MH Tech, que visa ampliar sua presença nacionalmente com um modelo de franquias, esperando alcançar uma unidade em cada estado do Brasil até o final de 2025.
- A Zilor, empresa paulista de cana-de-açúcar, comprou a Salto Botelho Agroenergia por BRLm 600 milhões, sendo BRLm 400 em dinheiro e o restante em dívida. A operação ocorre após a Amerra Capital Management, antiga controladora da Salto Botelho, ter desfeito uma venda anterior para a Bahia Etanol.
- A Eneva finalizou a aquisição da Linhares Energia, fortalecendo sua posição no mercado de geração de energia. A transação é parte da estratégia da Eneva de expandir seus ativos e diversificar suas operações, especialmente em energias renováveis. A integração da Linhares é vista como uma oportunidade para aumentar a capacidade de geração e contribuir para o portfólio de soluções energéticas da empresa.
- A SicBras adquiriu participação nas usinas solares da SPE Futura 6, da Eneva, que possuem 19 MW de capacidade instalada. A operação, cujo valor não foi divulgado, foi aprovada pelo Cade e permitirá à SicBras comprar até 90% do capital votante da SPE. Com essa aquisição, o grupo Granha Ligas, do qual a SicBras faz parte, aumenta sua capacidade total de geração de energia solar para 162 MW.
- A Zilor, uma das maiores empresas sucroalcooleiras do Brasil, adquiriu 100% da Salto Botelho Agroenergia, localizada em Lucélia, por BRLm 600. A operação, que ocorre após a venda de 70% da Biorigin para a Lesaffre, visa expandir a produção de cana-de-açúcar. Com essa aquisição, a capacidade total de moagem da Zilor aumentará em 15%, atingindo 13,8 milhões de toneladas. A usina adquirida, que emprega cerca de 800 pessoas, opera com custos competitivos, fortalecendo a estratégia de crescimento da empresa.
- A SIM Distribuidora adquiriu a operação de distribuição de combustíveis da TotalEnergies no Brasil. A transação, que inclui a compra de ativos e operações, é parte da estratégia da SIM para expandir sua presença no setor de distribuição de combustíveis. Os detalhes financeiros da transação não foram divulgados, mas a aquisição é vista como um passo significativo para fortalecer a posição da empresa no mercado.
Fundraising
Esportes
Intenções e Estratégias
- O BTG Pactual está negociando um empréstimo de BRLm 165 com o Vasco, estruturado como crédito DIP para apoiar o plano de recuperação judicial do clube. O financiamento, com vencimento em dois anos e meio, terá juros de CDI mais 11,5% ao ano e tomará como garantia o controle acionário da SAF do Vasco, incluindo 20% das ações da Associação Clube de Regatas Vasco da Gama e outros 39% em litígio com a 777 Partners.
- O Grêmio anunciou a aquisição de um terço da dívida da Arena Porto-Alegrense, gestora da Arena do Grêmio. Esse movimento estratégico fortalece o clube no controle e nas negociações da operação do estádio, alinhado com o objetivo de assegurar que a gestão da Arena permaneça comprometida com os interesses gremistas.
FIG
Intenções e Estratégias
- A Caixa Econômica Federal planeja lançar uma OPA (follow-on) bilionária de sua unidade de seguridade ainda em 2024. O objetivo é fortalecer o capital da empresa e ampliar sua atuação no setor de seguros. A operação está em fase de preparação e pode atrair investidores interessados em diversificar suas carteiras no mercado de seguros, que tem se mostrado promissor.
- A Swile reportou um crescimento de 25% no faturamento previsto para 2024 após a fusão com a Bimpli. A união tem como objetivo fortalecer sua posição no mercado de benefícios e otimizar soluções digitais para empresas. Essa estratégia busca atender à crescente demanda por inovação e digitalização nos serviços prestados.
- Os sócios da Nau Capital, uma assessoria de investimentos focada no público private, estão implementando uma estrutura de governança corporativa ao contratar executivos profissionais. Com essa mudança, a Nau espera triplicar seu tamanho e rentabilidade, visando alcançar BRL 15 bi sob gestão nos próximos anos. Desde a formalização do CEO e CFO, a empresa cresceu 40% em receitas. A Nau busca consolidar o mercado de assessoria, apostando na autonomia das decisões estratégicas por parte dos executivos.
- Luis Stuhlberger, um dos nomes mais respeitados do mercado financeiro brasileiro, está enfrentando uma crise incomum em sua gestora Verde Asset Management. O fundo Verde, que chegou a administrar BRL 55 bi, viu uma queda significativa para BRL 20 bi em três anos, devido a resgates de investidores. A recente subperformance do fundo levou Stuhlberger a retomar controle direto das decisões e a reestruturar sua equipe.
- O fundo imobiliário Rio Bravo Renda Varejo está reestruturando seu portfólio, encerrando operações em agências bancárias e expandindo para o setor de saúde e bem-estar. O fundo já vendeu BRLm 180 em agências e locou um espaço anteriormente ocupado pelo Santander para uma unidade da rede de academias Ultra, com expectativa de impacto positivo de BRL 0,045 por cota. O portfólio agora inclui 11 setores, refletindo uma diversificação significativa além das operações bancárias.
- A Petros, fundo de pensão que administra BRL 134 bi, está intensificando suas operações em três frentes: investimentos em infraestrutura, alternativas de renda e ações no mercado de saúde. A estratégia visa diversificar portfólio e aumentar a rentabilidade, buscando mitigar riscos em um cenário econômico desafiador. O foco em áreas estratégicas é parte do esforço para melhorar os retornos dos investimentos e atender às expectativas dos participantes.
- O Bradesco desmentiu os rumores sobre negociação de venda para a JBS, classificando as informações como infundadas. a notícia como “fake news” e afirmando que “não merece comentário”. A especulação ganhou força entre investidores e setores da Faria Lima após o blog “Nem Amigo, Nem Inimigo” divulgar que a JBS teria apoio das herdeiras de Amador Aguiar, fundador do Bradesco, para seguir com a compra, colocando a empresa de alimentos em uma posição vantajosa para fechar o negócio. A JBS, embora ainda não tenha se pronunciado sobre o rumor, recentemente tem expandido seu portfólio para outros setores além do alimentício, com aquisições estratégicas, como a compra da Mantiqueira, maior produtora de ovos da América do Sul.
M&A
Fundraising
Industria
Intenções e Estratégias
- Rubens Ometto, presidente da Cosan, afirmou que a empresa não tem planos de vender sua participação na Vale no curto prazo. Com a decisão. Com a decisão, a vale reflete o que aparenta ser uma postura cautelosa diante das flutuações do mercado. Ometto destacou a estratégia de manter a participação, considerando a importância da Vale no portfólio da Cosan e os potenciais benefícios a longo prazo.
- O descompasso entre a política na Amazônia e a expectativa global por sua preservação coloca a região em uma situação de aposta arriscada, segundo Fernando Sampaio. A pressão por prosperidade rápida e a falta de projetos consistentes transformaram a Amazônia em uma “grande bet”, onde o desenvolvimento é buscado por meio de atividades como exploração madeireira e agropecuária, muitas vezes à custa da sustentabilidade. Para reverter esse quadro, Sampaio defende um projeto de Estado para a Amazônia que inclua iniciativas de manejo florestal sustentável e desenvolvimento de uma economia de baixo carbono, garantindo prosperidade sem devastação.
- A Vale viu seu lucro impactado pela queda dos preços do minério de ferro e pela provisão maior relacionada ao desastre de Mariana. Esses fatores resultaram em um desempenho financeiro abaixo do esperado, levantando preocupações sobre a sustentabilidade dos lucros da mineradora no curto prazo. A empresa continua a monitorar o mercado e as condições operacionais para mitigar os efeitos dessas mudanças.
- Um novo acordo entre a B3 e a Bolsa de Toronto visa impulsionar mineradoras brasileiras, facilitando o acesso ao mercado de capitais. A parceria tem o potencial de aumentar a visibilidade das empresas do setor e fomentar investimentos, promovendo a colaboração entre os dois mercados. Essa iniciativa pode fortalecer a posição do Brasil na indústria mineral global, incentivando inovações e crescimento sustentável.
- A Tintas Iquine, terceira maior no segmento imobiliário, está avaliando novas aquisições para consolidar sua posição no mercado brasileiro, conforme declarado por Alan Souza, presidente do conselho. Após a compra da Hidracor em 2020, a empresa projeta um faturamento de BRL 1,2 bi para este ano, um crescimento significativo em relação aos BRLm 220 da Hidracor antes da aquisição. A concorrente Suvinil, atualmente à venda, pode ser uma opção.
- A Suzano continua avaliando oportunidades de aquisições, mas sem comprometer seu plano de desalavancagem, conforme afirmou o CEO da empresa. A estratégia de expansão é equilibrada com a necessidade de manter a saúde financeira e reduzir dívidas. A companhia busca fortalecer sua posição no mercado, enquanto gerencia suas finanças de forma responsável.
- A CSN estendeu seu acordo de exclusividade para a compra da Intercement por mais 60 dias. O prazo extra foi solicitado para concluir a negociação, que busca ampliar a presença da CSN no setor de cimento. As duas empresas estão em discussões sobre os termos da transação, e a CSN vê a aquisição como uma forma de diversificar seus negócios.
- A disputa entre a CSN e a Ternium estabelece um novo paradigma para ofertas no setor siderúrgico. Com essa competição acirrada, as empresas estão reavaliando suas estratégias de aquisição e como se posicionar no mercado. Essa dinâmica sugere que as empresas estão mais focadas em inovações e eficiência para se destacarem no mercado siderúrgico.
M&A
- A CSN fechou acordo para vender 11% da CSN Mineração à japonesa Itochu Corporation, com objetivo de fortalecer parcerias no mercado asiático. Essa venda possibilita uma maior integração entre as empresas e reforça o foco da CSN em aumentar a competitividade global no setor de mineração. A transação ainda depende de aprovações regulatórias e outros trâmites para ser finalizada.
- A Aura Minerals adquiriu a Bluestone Resources em um acordo avaliado em USDm 74,3, consolidando sua presença no setor de mineração. A transação inclui ativos da Bluestone localizados na América Central, e visa fortalecer a base de operações da Aura na região. A estratégia da mineradora com essa aquisição é expandir seu portfólio de produção e recursos minerais, alinhada a seus planos de crescimento no mercado global.
- A Randon anunciou a aquisição da fabricante britânica de autopeças, a Henniges Automotive, por BRLm 410. Esta compra representa uma estratégia para expandir a presença da empresa no mercado internacional e diversificar seu portfólio. A transação deve trazer sinergias operacionais e reforçar a capacidade da Randon em atender a demanda por soluções automotivas.
- A Moove, parte da Cosan Lubrificantes e Especialidades, obteve a aprovação do Cade para a aquisição do Grupo Pax, que inclui quatro empresas: DIPI Holding, Pax Lubrificantes, Elvin Lubrificantes e Lubripack. A transação tem como objetivo fortalecer o portfólio da Moove no setor de graxas e lubrificantes no Brasil.
- A HS Group adquiriu a Servman Manutenção Industrial por BRLm 40 milhões, incluindo um plano de investimento para expandir a atuação nos próximos dois anos. O processo de aquisição, concluído em cerca de seis meses, teve assessoria da boutique de M&A Zaxo. A transação amplia a presença da HS Group no setor industrial, oferecendo serviços de manutenção industrial e expandindo o acesso a mercados anteriormente inexplorados, como os de empresas de grande porte, incluindo Klabin e CSN.
Real Estate
Intenções e Estratégias
M&A
- A GLP concluiu a venda de 13 galpões logísticos no Brasil por BRL 1,77 bi para o fundo imobiliário BTG Pactual Logística. A transação, a maior da história de fundos imobiliários no setor logístico, faz parte da estratégia de reciclagem de ativos da GLP. Os galpões somam 542 mil metros quadrados de área locável, e a GLP continuará investindo BRL 2,1 bi até 2026 em novos projetos logísticos no país, focando no crescimento do comércio eletrônico.
- A JHSF, em parceria com o BTG Pactual, anunciou a aquisição do hotel The Oitavos em Cascais, que passará a ser o Fasano Cascais, reforçando a expansão internacional da marca de luxo. Com abertura prevista para 2028, o projeto inclui apartamentos residenciais com valores entre 2 e 10 milhões de euros e se alinha à estratégia da JHSF de fortalecer a presença do Fasano nos principais destinos de alta renda. Segundo o CEO Augusto Martins, a meta é expandir para até 20 unidades internacionais, destacando o crescente foco em receitas recorrentes em moeda forte.
- A Pátria Investimentos adquiriu 22 imóveis atualmente alugados para a rede Pernambucanas, fortalecendo seu portfólio imobiliário. A estratégia permite ao Pátria consolidar ativos em propriedades de varejo, apoiado pelo crescimento da Pernambucanas em diversas regiões do Brasil. Essa transação reforça o foco do Pátria em ativos reais com potencial de valorização e receita estável, seguindo a tendência de aquisições no setor de fundos imobiliários.
- O Festval finalizou a aquisição de quatro lojas da rede Verde Mais Fresh Market, ampliando sua presença no setor de supermercados. A compra faz parte da estratégia do Festval de diversificar sua oferta e fortalecer a experiência de compra para os consumidores.
- O Brasil Hotelaria assumiu a operação do Hotel Fazenda Campo dos Sonhos, localizado em São Paulo. A mudança visa revitalizar e modernizar a gestão do empreendimento, ampliando a oferta de serviços e experiências para os hóspedes. A iniciativa faz parte da estratégia de crescimento da Brasil Hotelaria no setor de turismo rural e lazer.
- A Guardian Asset Management adquiriu 15 lojas da rede Atacadão, em um investimento de BRLm 725, por meio de um fundo imobiliário. A transação é parte da estratégia de expansão do portfólio de ativos comerciais do fundo, visando gerar rendimentos atrativos para os investidores.
- O Carrefour anunciou a venda de 15 imóveis para o Fundo de Investimento Imobiliário da Guardian por BRLm 725. A operação segue o modelo “sale-leaseback”, onde o Carrefour continuará a operar os imóveis, pagando cerca de R$ 4,8 milhões em aluguéis mensais. Essa venda faz parte da estratégia do grupo de maximizar o valor de seus ativos imobiliários e está sujeita à aprovação do CADE.
- O Grupo do Vale do Sinos adquiriu duas concessionárias de veículos na Serra, aumentando sua rede para 12 unidades. A operação, com valor não divulgado, visa ampliar a oferta de produtos e serviços ao consumidor. Essa expansão é parte da estratégia do grupo de crescimento no setor automotivo e diversificação de sua atuação na região. A expectativa é que as novas concessionárias contribuam significativamente para os resultados financeiros do grupo.
- O Grupo Carburgo, com sede em Novo Hamburgo, expandiu sua presença na Serra Gaúcha com a compra de duas concessionárias das marcas Citröen e Peugeot em Caxias do Sul e Bento Gonçalves. Essa aquisição, parte de um plano de expansão que incluiu a compra da Panambra no ano passado, aumentará a equipe local e impulsionará o portfólio de marcas, que já conta com Volkswagen e Kia. Segundo o diretor Carlos Stelzer, o grupo estuda novas oportunidades de crescimento no Rio Grande do Sul e em outros estados.
Saúde
M&A
- A MedLevensohn adquiriu 50% da Procsel, empresa de produtos cirúrgicos, em um movimento para expandir seu portfólio no setor de saúde. A aquisição fortalece a presença da MedLevensohn no mercado de dispositivos médicos e amplia sua oferta de produtos de alta tecnologia para procedimentos cirúrgicos, reforçando seu compromisso com a inovação e o desenvolvimento no setor de saúde brasileiro.
- A Calibre Scientific adquiriu a CQA Química, uma distribuidora de produtos para laboratórios. Essa aquisição visa expandir o portfólio da Calibre no Brasil, fortalecendo sua presença no mercado de ciências da vida. A integração da CQA pode trazer novos produtos e serviços para clientes da Calibre, além de ampliar sua capacidade de atendimento no setor.
Fundraising
- A Premier Bebê recebeu um aporte significativo de BRL 500 mil, liderado por uma nova sócia. Com o investimento, a empresa visa impulsionar a expansão da marca no mercado de produtos infantis e aprimorar sua presença digital. A expectativa é que o capital levantado contribua para o desenvolvimento de novos produtos e estratégias de marketing.
- A Intuitive Care, especializada em automação de processos administrativos e financeiros para instituições de saúde, recebeu um aporte recente do BTG Pactual por meio do programa Boostlab, totalizando BRLm 1 com possibilidade de dobrar o valor. A startup, que já arrecadou BRLm 10,5 de investidores como Vox Capital e Invest Tech, utiliza automações para melhorar a eficiência operacional e reduzir perdas financeiras em hospitais e clínicas, registrando crescimento acelerado desde sua fundação em 2017.
Serviços
Intenções e Estratégias
- O consórcio Novas Escolas Oeste SP, formado pela Engeform e pela Kinea, venceu o leilão do Lote 1 de escolas de São Paulo, parte de uma Parceria Público-Privada. Com um desconto de 21,43% nas contraprestações mensais, o contrato de 25 anos prevê BRL 1 bi em investimentos para construir e operar 17 escolas em várias cidades paulistas, com o valor mensal ajustado em BRLm 11,989.
- A Future Climate, ex-Future Carbon, está expandindo suas operações para o Oriente Médio e Ásia com novos escritórios em Abu Dhabi e Cingapura. O objetivo é captar até BRLm 200 para fundos de investimento focados em tecnologias de descarbonização, ligadas a indústrias como agronegócio e mineração, além de projetos de crédito de carbono. A empresa visa atrair capital internacional para financiar projetos brasileiros, aproveitando o crescente interesse global em soluções climáticas.
- Azul busca captar até USD 500m com duas propostas estruturadas para fortalecer seu caixa e enfrentar desafios de mercado. A primeira envolve uma linha de crédito com prazos e taxas facilitados, enquanto a segunda se concentra na emissão de títulos de dívida conversíveis. Ambas as opções estão em negociação avançada e visam melhorar a estrutura de capital da companhia aérea, ampliando liquidez e capacidade de investimento em um cenário de alta competição e pressões financeiras. A operação ainda depende de condições de mercado e aprovação final.
- A Simpar e a Vamos aprovarão os termos finais da proposta de cisão de suas concessionárias e a fusão com a Automob. A operação visa criar sinergias e eficiência operacional nas atividades das empresas envolvidas, fortalecendo a posição no mercado. As partes estão finalizando os ajustes necessários e aguardam as aprovações regulatórias para avançar com a transação.
- A I Squared Capital decidiu descartar sua oferta voluntária para a aquisição da Wilson Sons, uma empresa brasileira de logística e serviços portuários. A mudança de estratégia reflete a avaliação do cenário atual de mercado e a busca por oportunidades mais alinhadas com seus objetivos de investimento. A proposta tinha como objetivo a valorização do ativo e a expansão das operações da Wilson Sons.
- O CEO da Latam Airlines acredita que ainda há espaço para crescimento na América do Sul, apesar dos desafios enfrentados pela indústria. A empresa está focando na expansão de rotas e na melhoria de serviços para aumentar sua participação no mercado regional. Esse otimismo reflete a recuperação do setor aéreo e a crescente demanda por viagens na região.
- A MSC está expandindo seu portfólio ao incorporar a Wilson Sons por USD 4,35 bi, uma movimentação que pode transformar o setor marítimo e logístico no Brasil. A aquisição visa fortalecer a presença da MSC na cadeia de suprimentos, beneficiando operações e aumentando a eficiência.
- A Azul Linhas Aéreas anunciou um acordo para levantar USDm 500 em nova dívida sênior, proporcionando um alívio financeiro significativo. O acordo, que resultou em um aumento de mais de 10% nas ações da companhia, visa melhorar o fluxo de caixa em mais de USDm 150 ao longo dos próximos 18 meses. Apesar do alívio, as ações da Azul ainda enfrentam uma queda de 63% em 2024.
- A Aegea é a única interessada no leilão de saneamento no Piauí, que inclui a concessão dos serviços de água e esgoto em 35 municípios. O contrato, com duração de 30 anos, prevê investimentos de cerca de BRL 1,3 bi em melhorias e expansão dos serviços. A operação busca atender a mais de 1,5 milhão de habitantes, promovendo a eficiência e sustentabilidade no setor de saneamento na região.
M&A
- A Superintendência-Geral do Cade aprovou, sem restrições, a compra da Velocity pelo Grupo Smartfit. A transação de BRLm 183 foi anunciada em julho e envolve um pagamento inicial de BRLm 163 e parcelas adicionais de BRLm 20. O pagamento a prazo está vinculado com condições específicas ao longo de seis anos. O deal fortalece o portfólio da Smartfit em atividades de bike indoor e oferece liquidez aos acionistas da Velocity.
- A Galileo Global Education, em parceria com o fundo canadense CPPIB, adquiriu o controle da Faculdade Multivix, ampliando sua atuação no setor educacional brasileiro. Esse movimento reforça a expansão da Galileo na América Latina, que faz parte de sua estratégia de investimento em instituições de ensino em mercados emergentes. O grupo da família Bettencourt-Meyers, majoritário da L’Oréal, é o controlador da Galileo.
- A AerCap e outros quatro arrendadores de aeronaves (Avolon, Azorra, NAC e Falko) converterão dívidas da Azul em ações, obtendo uma participação conjunta de 22% na companhia aérea. Com a AerCap assumindo aproximadamente 10% a 11% desse total, a reestruturação envolve um desconto de 80% sobre a dívida, permitindo à Azul fortalecer seu balanço. Esse tipo de conversão é incomum no setor de aviação, mas tem precedentes, como no caso da AerCap com a Norwegian Air durante a pandemia.
TMT
Intenções e Estratégias
- A startup de social commerce Facily, que chegou a ser avaliada em USD 1,1 bi, contratou o banco BR Partners para auxiliar em sua venda. Após receber USDm 502 de investidores como Tiger Global e Monashees, a empresa enfrenta dificuldades financeiras e busca atrair compradores com a oferta de créditos fiscais estimados entre BRLm 800 e BRL 1 bi. No entanto, a operação ainda está em fase de análise e due diligence.
- A Infracommerce anunciou um pacote de medidas, incluindo uma injeção de capital de até BRLm 70, a contratação de um novo CFO e a redução de sua carteira de clientes. Essas ações visam fortalecer a saúde financeira da empresa, que busca se reposicionar no mercado e melhorar sua eficiência operacional. As mudanças acontecem em um momento de reestruturação importante para a companhia.
- A fintech de crédito MeuTudo deu um passo estratégico para acelerar seu crescimento ao contratar o J.P. Morgan em busca de um sócio minoritário. Com a recente aquisição da Parati Financeira, anteriormente controlada pela Ame, da Americanas, a startup agora visa ampliar sua atuação no mercado de crédito ao captar o interesse de grandes bancos e fundos de private equity. Esse movimento destaca o potencial da MeuTudo em atrair parceiros estratégicos, fortalecendo ainda mais sua presença no setor.
- O pedido de anuência para a venda da Oi Fibra para a V.Tal já está em tramitação na Anatel. Essa transação é um passo importante na reestruturação da Oi e pode melhorar a competitividade no setor de telecomunicações. A negociação visa fortalecer a infraestrutura de fibra óptica no Brasil, aumentando a cobertura e a qualidade dos serviços.
- Duas startups brasileiras se destacaram na lista das fintechs mais promissoras do mundo, refletindo a crescente inovação e competitividade do setor no Brasil. Esse reconhecimento pode atrair investimentos e parcerias estratégicas, impulsionando ainda mais o desenvolvimento do ecossistema fintech no Brasil.
Fundraising
- A Telefônica Brasil, por meio da Vivo Ventures, investiu USDm 15 na Agrolend, uma fintech voltada para o agronegócio. O investimento visa fortalecer a presença da Agrolend no setor e expandir suas soluções financeiras para produtores rurais. Essa ação faz parte da estratégia da Telefônica de diversificar suas operações e impulsionar inovações no agronegócio.
- A Banlek está expandindo internacionalmente, focando em aquisições que visam aumentar sua presença no mercado. A fintech recebeu um investimento de BRLm 300 de investidores como Syngenta e Creation Investments.
- O Grupo Integrado iniciou sua atuação em CVC. Seu primeiro investimento foi na fintech Baasic, especializada em embedded finance, com o objetivo de integrar soluções financeiras em empresas de diversos setores. Esse movimento busca não só o crescimento financeiro, mas também inovação, através da aquisição de novos conhecimentos e tecnologias que complementam suas áreas de atuação.
- A Eduvem captou BRLm 15 para apoiar sua expansão e inovação internacional. A empresa de edtech, especializada em soluções educacionais digitais, planeja acelerar seu crescimento em novos mercados e aprimorar suas tecnologias, buscando se destacar como referência global. Com o novo investimento, a Eduvem reforça seu compromisso com a expansão e a inovação no setor de educação.
- A startup capixaba 2Neuron recebeu um aporte de BRLm 3 do FUNSES1. Com quase 200 dispositivos já instalados em equipamentos pelo Brasil, o capital será usado para ampliar a presença no mercado, incluindo uma nova filial em São Paulo e planos para contratos internacionais, segundo o CEO Gabriel Carvalho.
- A startup BeConfident, focada no ensino de inglês com uso de IA, captou BRLm 2,5 em uma rodada liderada pela Latitud, com participação de investidores renomados como André Penha, do Quinto Andar, e Doug Scherrer, ex-CFO do Nubank. O capital levantado, que se tornou um recurso adicional, sem necessidade de uso imediato, permitirá à BeConfident expandir sua plataforma baseada em IA e preparar o lançamento de um aplicativo próprio, em fase beta, enquanto persegue a meta de alcançar 100 milhões de usuários até 2030.
- A startup catarinense Tecpet, especializada em soluções de gestão para pet shops, está em fase de captação e espera alcançar BRLm 1 em investimentos até o final de 2024. Após um investimento inicial de BRL 350 mil da Stars Aceleradora e aporte subsequente da SC Angels e do programa Inova Startups 2024, o valor captado já atinge BRL 850 mil. A Tecpet projeta um crescimento contínuo, com uma média de vendas mensais quadruplicada em relação ao ano anterior, evidenciando o forte potencial de expansão no setor pet.
- A Digitra.com, exchange de criptomoedas, recebeu um aporte de USDm 1 da 4Equity Media Ventures para expansão no Brasil. Fundada por Rodrigo Batista, ex-Mercado Bitcoin, a empresa usará os fundos para fortalecer sua presença no país e aumentar a visibilidade do token DGTA. A 4Equity, primeira venture de media for equity da América Latina, aposta no crescimento acelerado da startup no mercado cripto local.
- A fintech CredAluga, focada em soluções financeiras para o mercado imobiliário, recebeu um aporte de BRLm 22 em uma rodada liderada pela Caravela Capital, com participação de Honey Island by 4UM, Norte Ventures, Terracota Ventures e FJ Labs. Com esse investimento, a startup busca expandir sua atuação na garantia locatícia, bem como ampliar o portfólio de produtos financeiros para o setor.
- A Quality Digital, integradora de TI, levantou BRLm 35,7 do BNDES para desenvolver soluções em inteligência artificial. Os recursos serão utilizados na criação de duas plataformas: a QAI Decipher, que facilita a análise de documentos complexos, e a QAI Stockpile Manager, que otimiza a medição de estoques. A empresa, com sede em São Paulo, visa melhorar a eficiência em setores como financeiro, através da interpretação de documentos complexos.
- A startup carioca Bizuu levantou BRLm 6 em uma nova rodada de investimentos. O capital será direcionado para expandir suas operações e aprimorar seus produtos. A empresa, que conecta bares e restaurantes a consumidores por meio de ofertas instantâneas via app, busca fortalecer sua presença no mercado e atender uma demanda crescente por soluções inovadoras.
- A Katalista recebeu um aporte financeiro de mais de BRL 550 mil como parte do programa de aceleração da WOW
- O iFood adquiriu uma participação minoritária na Shopper, fortalecendo sua presença no mercado de supermercados online. Essa estratégia visa expandir suas operações no e-commerce, diversificando seus serviços e melhorando a competitividade contra rivais. A parceria pode oferecer novas oportunidades de crescimento, especialmente em um setor em rápida evolução.
- A Agrolend, uma agtech brasileira focada no financiamento agrícola, captou BRLm 300 em uma rodada Série C, liderada pelo fundo Creation Investments e pela Syngenta. Este aporte, um dos maiores na área, visa ampliar a capacidade de crédito da empresa, permitindo oferecer empréstimos maiores a produtores rurais e a revendas. Com a nova captação, a Agrolend busca aumentar sua base de capital para BRLm 500 e expandir sua carteira de crédito para BRL 3 bi.
- A Agrolend captou BRLm 300 em uma rodada de investimentos que contou com a participação da Syngenta e Creation Investments. O financiamento visa expandir sua plataforma de financiamento para o agronegócio, proporcionando melhores condições de crédito para pequenos e médios produtores. A empresa busca aprimorar suas soluções financeiras para atender às demandas do setor agrícola no Brasil.
- A Akua, uma startup de pagamentos liderada por empreendedores brasileiros, Uruguai e Colômbia, levantou USDm 4,3 em rodada pré-seed com apoio de investidores como Flourish Ventures e Rally Cap. Mesmo com operações ainda no papel, a empresa se destaca pela proposta de modernizar o setor de pagamentos com uma plataforma nativa em nuvem que integra segurança e sustentabilidade. Inicialmente, a Akua operará na Colômbia, com planos de expansão para outros países da América Latina.
- A healthtech brasileira Beep Saúde recebeu um novo investimento de BRLm 100 do fundo CZI, cofundado por Mark Zuckerberg e Priscilla Chan. Especializada em vacinação e exames laboratoriais domiciliares, a startup agora está avaliada em cerca de BRL 1,2 bi. Esse capital será usado para expandir sua infraestrutura logística em cidades como Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Entre outros investidores estão David Vélez, do Nubank, e o Bradesco.
- A DNA Financeiro, fintech de gestão contábil, levantou BRLm 1,2 em uma rodada de crowdfunding na EqSeed, superando as expectativas. O investimento visa triplicar a base de clientes e aprimorar sua assistente de IA, Mirela, para otimizar processos contábeis. Além disso, a empresa planeja conectar-se a consultores e escritórios de contabilidade para expandir a distribuição de suas soluções. Esta é a segunda rodada de captação da fintech em um ano.
- A gestora SRM Ventures anunciou um investimento de até BRLm 40 na fintech OxPay, especializada em serviços financeiros para o setor de transporte rodoviário. O aporte será realizado em duas etapas, começando com BRLm 20, podendo dobrar conforme a evolução da parceria. O foco da SRM é impulsionar segmentos de crédito em diferentes nichos
M&A
- A V.tal, controlada pelo BTG Pactual, anunciou a criação da Tecto Data Centers, com um investimento inicial de USD 1 bi. A nova empresa é independente das operações de rede neutra de fibra óptica e será liderada por Pedro Henrique Fragoso. A Tecto já nasce operando unidades no Brasil e na Colômbia, e agora tem um plano de expansão para Porto Alegre e Santana de Parnaíba. A Tecto Data também direciona seu foco estratégico em hyperscale e edge, com o começo da construção do Mega Lobster, um data center de alta densidade em Fortaleza que já conta com investimento de BRLm 550. A expectativa é que a iniciativa gera mais de 450 empregos.
- A V.tal, operadora de infraestrutura de telecomunicações, anunciou a criação de uma subsidiária dedicada a data centers, com um investimento previsto de USD 1 bi. O objetivo é expandir a capacidade de processamento e armazenamento de dados, atendendo à crescente demanda por serviços de cloud e soluções digitais. Esta estratégia visa consolidar a posição da V.tal no mercado de tecnologia e inovação.
- A Oi anunciou a transferência de torres e imóveis no valor de BRLm 41 à American Tower, como parte de seu plano de recuperação judicial. A transação foi aprovada pelo Cade e será realizada via “dação em pagamento” para quitar dívidas, incluindo a alienação de uma SPE com imóveis e torres de telecomunicações. A operação ainda aguarda o cumprimento de condições contratuais, como a adaptação do serviço de telefonia fixa para o regime de autorização.
- A Jabanet Telecom adquiriu a Franet Sapopema em uma transação avaliada em cerca de BRLm 5. A aquisição visa implementar melhorias significativas na infraestrutura de telecomunicações da cidade, incluindo aumento da cobertura e qualidade dos serviços oferecidos. A Jabanet planeja investir em tecnologias avançadas para atender melhor à demanda local.
- A Abaco, empresa de soluções em tecnologia, anunciou a aquisição da Tangotech, especializada em sistemas de gestão para empresas. A operação, com valor não divulgado, visa fortalecer a presença da Abaco no mercado de gestão empresarial e ampliar sua oferta de produtos e serviços. A aquisição deve ser concluída após as aprovações regulatórias necessárias.
- A Biosolvit, investida de Laércio Cosentino, adquiriu a Augen, startup gaúcha de tratamento de água, por valores entre BRLm 36 e BRLm 48, dependendo do cumprimento de metas nos próximos três anos. A Augen, que se especializa em digitalização de processos de saneamento, utiliza tecnologia para monitorar a qualidade da água por meio de dispositivos inteligentes. Essa aquisição representa a terceira transação da Biosolvit, visando expandir suas operações em soluções sustentáveis.
- A Alloha Fibra, proprietária da marca Giga+, comprou a Atex Telecom, terceira maior provedora de banda larga no Maranhão, com 64,3 mil clientes. A aquisição, aprovada pelo Cade e aguardando aprovação da Anatel, visa expandir a presença da Alloha no estado. Com essa compra, a Alloha se torna a terceira maior do setor na região, totalizando 70,9 mil acessos. A transação foi estruturada pela DB3, empresa do grupo Alloha, e visa gerar sinergias e ganhos de eficiência entre as operações das empresas.
- A Solistica vendeu três de suas unidades de negócios para o grupo mexicano Traxion por USDm 208. A transação visa fortalecer a posição da Traxion no mercado de logística e transporte, ampliando sua atuação na América Latina. A Solistica, que faz parte do grupo FEMSA, busca concentrar seus esforços em outras áreas estratégicas após a venda.
- A Crescera Capital anunciou a aquisição da Segware, integrando-a ao Grupo ESMG em um movimento para fortalecer o setor de segurança eletrônica no Brasil e na América Latina. Com planos de otimizar as operações e expandir a base de clientes, a estratégia inclui a unificação de plataformas de software e a melhoria de soluções tecnológicas. Renato Martins, novo CEO da Segware, reforça o compromisso de crescimento e retenção de clientes. A Crescera, com mais de R$ 4,2 bi sob gestão, amplia sua presença em tecnologia e inovação.
- A Openbox Holdings adquiriu a Boldplay, estúdio de jogos sediado em Gibraltar, ampliando seu portfólio no Brasil e América Latina. O movimento visa expandir o produto em mercados globais e latino-americanos.
- A holding do investidor João Kepler adquiriu uma participação no Empreende Brasil, uma plataforma focada em conectar empreendedores a investidores. Com a aquisição a holding quer apoiar startups e iniciativas de inovação no Brasil. Embora o valor do investimento não tenha sido revelado, a movimentação é parte da estratégia de Kepler para expandir sua influência no ecossistema de negócios do país.
- A Funcional Health Tech anunciou a aquisição da Beflex, ampliando sua atuação no mercado de saúde e bem-estar corporativo. Com essa aquisição, a empresa planeja fortalecer sua capacidade em soluções tecnológicas voltadas para o monitoramento de saúde e gestão de benefícios, integrando novas funcionalidades ao portfólio e otimizando a oferta de serviços para empresas e colaboradores.
- A Taxcel, startup focada em automação tributária, captou BRLm 1 em sua quarta rodada de investimentos via EqSeed. Esse é o terceiro aporte da empresa, que busca um crescimento de 48% em 2024. Fundada por Pedro Lima e Leonardo Souza, a Taxcel visa simplificar o envio de documentos tributários e a gestão fiscal para empresas.
- A Proxxima Telecomunicações anunciou a compra da MGNet, incorporando ativos e a base de 28 mil clientes de banda larga no Rio Grande do Norte, fortalecendo sua presença no estado. Com a aquisição, a Proxxima deve atingir aproximadamente 238 mil usuários, reforçando sua estratégia de expansão no Nordeste, onde já atua com serviços de fibra óptica. Essa é a segunda aquisição da Proxxima em 2024, após a compra da Rex Telecom na Bahia.